IPCA para 2018 segue em 3,71% e para 2019, em 4,07%, aponta Focus
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as principais previsões para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 17, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano seguiu em 3,71%, exatamente como na semana passada. Há um mês, estava em 4,13%. A projeção para o índice no próximo ano manteve-se em 4,07%. Quatro semanas atrás, indicava 4,20%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00% pela 76ª semana seguida. No caso de 2021, a expectativa manteve-se em 3,75%. Há quatro semanas, a previsão era de inflação de 3,90% em 2021.
A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está abaixo do centro da meta deste ano, de 4,5%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
No dia 7 de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de novembro registrou deflação de 0,21%. No ano, o índice acumula alta de 3,59% e, em 12 meses, de 4,05%.
Na semana passada, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, o BC projeta IPCA de 3,7% em 2018, 3,9% em 2019 e 3,6% em 2020.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 subiu ligeiramente, de 3,66% para 3,74%. Para 2019, a estimativa do Top 5 caiu de 4,20% para 4,10%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,05% e 4,10%, respectivamente.
No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, valor igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto quatro semanas atrás.
Últimos 5 dias
No relatório, a projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis não foi alterada e manteve-se em 3,68%. Houve 44 respostas para esta estimativa no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,02%.
No caso de 2019, a expectativa do IPCA dos últimos cinco dias úteis subiu marginalmente, de 4,03% para 4,02%. Há um mês, estava em 4,12%.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro ajustaram a previsão para o IPCA em dezembro de 2018, de 0,12% para 0,11%. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,25%.
Para janeiro, a projeção também foi ajustada para baixo, em 0,40% para 0,39%. Para fevereiro, ao contrário, o ajuste marginal foi para cima e a expectativa passou de 0,44% para 0,45%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,45% para janeiro e fevereiro do próximo ano.
No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,77% para 3,80% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,78%.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou nova redução na projeção para os preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano caiu de 6,95% para 6,69%. Essa foi a oitava redução seguida da previsão. Para 2019, a previsão para o aumento das tarifas públicas caiu ligeiramente, de 4,80% para 4,75%.
Há um mês, o mercado projetava aumento de 7,40% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,80% no próximo ano.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,7% em 2018 e 5,4% em 2019. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro.
IGP-M
O relatório do BC mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2018 passou de 8,74% para 8,38%. Há um mês, estava em 9,30%. No caso de 2019, o IGP-M projetado foi de 4,44% para 4,37%, ante 4,50% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.