Com pressão de alimentos e gasolina, inflação de março chega a 0,75%
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A inflação oficial brasileira acelerou e fechou março em 0,75%, acima dos 0,43% do mês anterior, informou nesta quarta-feira (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a maior taxa desde junho de 2018, quando os preços sofreram impactos da greve dos caminhoneiros.
Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015. O aumento foi puxado pelos preços de alimentação (tomate, batata e feijão, por exemplo) e de transportes, impactado pela alta no preço da gasolina, que teve o maior impacto individual.
No primeiro trimestre, a inflação soma 1,51%, a maior para o período desde 2016.
Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,58%, próximo ao centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, com com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Foi o maior indicados desde fevereiro de 2017, quando chegou a 4,76%.
O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,9%. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC projeta 4,1%.