Mercado aguarda resoluções de Petrobras e Previdência
Após o tombo da sexta-feira (12), o mercado operou com cautela nesta segunda (15). Investidores esperam reunião do governo desta terça (16) que irá debater a política de preços da Petrobras. Na CCJ, segue indefinição quanto ao calendário de votação da reforma da Previdência.
Com a interferência de Jair Bolsonaro (PSL) na Petrobras quanto ao ajuste do preço do diesel, o Ibovespa, maior índice acionário do país, caiu 1,98% na última sexta, a 92.875 pontos.
Sem novidades quanto a política de preços da petroleira, a Bolsa brasileira operou de lado, com correção das perdas de sexta. Nesta segunda, o Ibovespa registrou leve alta de 0,22%, a 93.082 pontos.
O giro financeiro total foi de R$ 20,8 bilhões negociados. O número reflete o exercício de opções de ações, que tiveram o vencimento nesta segunda. Se contadas as operações regulares, a movimentação foi de R$ 14,6 bilhões, abaixo da média mensal do ano de R$ 16 bilhões.
O dólar acompanhou a recuperação e teve queda de 0,56%, a R$ 3,8680.
As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras ensaiaram uma leve recuperação, com alta de 0,4%, a R$ 25,93. As ordinárias (com direito a voto), acumularam queda de 0,07%, a R$ 29,11.
Bolsonaro convocou reunião para esta terça com os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco e técnicos da área para discutir a política de reajustes da Petrobras.
"O mercado segue na expectativa. Esperamos que haja uma revisão na decisão de barrar o reajuste", afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe de Nova Futura Investimento.
Para Silveira, no entanto, qualquer reajuste abaixo dos 5,7% previstos não será visto de maneira positiva.
"Não existe meio termo. O presidente vai ter que escolher entre o mercado e os caminhoneiros. Ele está com a espada na cabeça", afirma.