Via Varejo tem prejuízo líquido de R$49 mi no 1º tri
SÃO PAULO (Reuters) - A Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Pontofrio, teve prejuízo líquido de 49 milhões de reais no primeiro trimestre, afetada por menores vendas, mas previu aumento de margens neste ano.
O resultado de janeiro a março representou uma reversão ante lucro líquido de 64 milhões de reais um ano antes.
"Apesar de um início ainda desafiador, principalmente pelos primeiros 20 dias do ano (legado do final de 2018 (...), o primeiro trimestre apresentou resultados que sinalizam o primeiro passo na recuperação operacional da companhia", disse a empresa em relatório.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), somou 521 milhões de reais, queda de 18,2 por cento no comparativo ano a ano. A margem Ebitda ajustada foi de 8,2 por cento por cento, ante 9,7 por cento um ano antes.
A Via Varejo também anunciou cisão e incorporação da Cnova e afirmou que isso trará aumento da eficiência logística e fiscal.
A companhia teve receita líquida de 6,33 bilhões de reais entre janeiro e março, cifra 4 por cento menor ano a ano.
No conceito mesmas lojas, importante termômetro para o desempenho de lojas abertas há pelo menos um ano, as vendas brutas caíram 1,9 por cento. Já as vendas totais online medidas pelo Gross Merchandise Volume (GMV) avançaram 1,7 por cento.
As ações da companhia encerraram a terça-feira em alta de 2,3 por cento na bolsa paulista, superando o desempenho do Ibovespa, que avançou 1,4 por cento. Em 2019, os papéis da Via Varejo acumulam perda de 10,5 por cento.
PREVISÕES
A Via Varejo prevê investimentos entre 550 e 600 milhões de reais em 2019, ano no qual também estima aumento da margem Ebitda em função da nova estratégia comercial, da redução de despesas e da alavancagem operacional.
A empresa também previu crescimento da receita bruta no conceito mesmas lojas de 2 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA. Para o GMV faturado, a expectativa é de alta de 15 a 20 por cento no ano.
(Por Aluísio Alves)