Indústria do aço reduz projeções para 2019

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O setor siderúrgico brasileiro reduziu nesta quarta-feira suas expectativas de desempenho para este ano, em meio a uma economia rastejante que reduz o consumo da liga no país para níveis mais baixos que o esperado.

A entidade que representa as principais usinas siderúrgicas do país, IABr, quase zerou a expectativa de crescimento da produção em 2019, de alta de 2,2% para oscilação positiva de 0,4%, a 35,55 milhões de toneladas.

Já a produção de vendas no mercado interno foi cortada de expansão de 4,1% para aumento de 2,5%, para 19,38 milhões de toneladas, informou a entidade.

As estimativas foram revisadas depois que o setor apurou no primeiro semestre uma queda de 1,4% na produção de aço bruto, para 17,24 milhões de toneladas, e alta de vendas de 1,3%, para 9,24 milhões de toneladas.

Para o segundo semestre, o setor espera "que haja retomada dos investimentos na construção civil e em infraestrutura, assim como nos projetos do setor de óleo e gás, alavancando o consumo de aço", afirmou o IABr, em comunicado à imprensa.

"O IABr ressalta também, como prioridades para o 2º semestre, a correção das assimetrias competitivas e a atenção do governo às praticas predatórias de mercado, mantendo política de defesa comercial eficaz e dentro das regras da OMC", acrescentou a entidade.

Para o ano, a entidade espera que o consumo aparente, que reúne vendas internas de aço produzido no país e importado, suba 2,1%, menos que a metade do ritmo de 4,6% esperado anteriormente, atingindo 21,66 milhões de toneladas.

Diante da fraca demanda interna, o setor espera forte freio no crescimento das importações de aço no Brasil, que devem subir 0,6%, para 2,42 milhões de toneladas, ante expectativa anterior de crescimento de 8,6%.

Já as exportações de aço devem ter uma queda ainda maior, recuando 7,3%, para 12,93 milhões de toneladas, ante previsão anterior de queda de 6,1%, segundo o IABr.

As ações da Usiminas tinham queda de 1,8% às 12h45. Já a rival CSN tinha baixa de 0,7% e a Gerdau mostrava recuo de 0,9%. No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 1,3%.

(Por Alberto Alerigi Jr.)