Índice mostra fraqueza com bancos e balanços divergentes antes de decisões de juros

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A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quarta-feira, com bancos mais uma vez entre as maiores pressões negativas do Ibovespa e em meio a resultados corporativos divergentes, em meio ao clima de expectativa para as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

Às 11:16, o Ibovespa caía 0,69 %, a 102.221,03 pontos. O volume financeiro somava 3,2 bilhões de reais.

"O mercado vai esperar o Fomc para ajustar durante o dia", afirmou a equipe da corretora Tullett Prebon, referindo-se à decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve, prevista para as 15h (horário de Brasília), seguida de coletiva de imprensa do chairman, Jerome Powell, às 15h30.

O mercado tem como praticamente certo que o Fed reduzirá o juro pela primeira vez em mais de uma década, em 0,25 ponto percentual, e caberá a Powell explicar os próximos passos.

Em Wall Street, o viés era relativamente positivo com resultados corporativos como o da Apple, enquanto o mercado aguardava o Fed e monitorava noticiário relacionado às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Após o fechamento, o Banco Central do Brasil deve cortar a taxa básica de juros Selic para nova mínima recorde, de acordo com uma pesquisa Reuters com economistas, com o mercado de certa forma dividido entre uma redução de 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto percentual, em relação aos atuais 6,5% ao ano.

DESTAQUES

- LOJAS RENNER cedia 1,96%, após a varejista de moda divulgar na noite da véspera queda de dois dígitos no lucro líquido do segundo trimestre, refletindo uma maior alíquota de imposto de renda e provisões para participação nos lucros, além de efeitos cambiais que pressionaram as margens.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 1,62%, em nova sessão negativa para bancos do Ibovespa, o que pesava do lado negativo, com BRADESCO PN

- ISA CTEEP PN perdia 1,10%, após abrir em alta, conforme a maior empresa privada de transmissão de energia do setor elétrico do Brasil reportou na terça-feira lucro líquido de 240,3 milhões de reais no segundo trimestre de 2019, queda de 29,8% ante igual período do ano passado.

- CSN avançava 1,40%, após reportar lucro líquido de 1,894 bilhão de reais no segundo trimestre, uma expansão de 59% sobre o desempenho obtido um ano antes, apoiado em maiores vendas de minério de ferro e redução de despesas financeiras, informou o grupo siderúrgico e de mineração.

- LOJAS AMERICANAS PN e B2W subiam 2,75% e 3,94%, respectivamente, tendo de pano de fundo conclusão da estrutura de capital da AME, sua carteira digital.

- TIM subia 2,16%, após lucro líquido ajustado de 423 milhões de reais no segundo trimestre, crescimento de 26% sobre um ano antes. A empresa contabilizou crédito fiscal de 2,9 bilhões de reais "advindo da decisão judicial favorável à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins".

- SMILES avançava 2,65%, tendo no radar também balanço do segundo trimestre, quando registrou lucro líquido de 155,7 milhões de reais.

- PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,08%, mesmo em sessão de alta dos preços do petróleo no mercado externo, enquanto PETROBRAS ON cedia 0,10%.

- VALE mostrava queda de 0,28%, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre, previsto para após o fechamento do pregão desta quarta-feira.