O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, apresentou nesta segunda feira (17) investimentos da ordem de US$ 5,2 bilhões na implantação de novos projetos de exploração e escalonamento de gás. O anúncio foi feito durante o Seminário Gás Brasileiro para a Reindustrialização do Brasil, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Em nota, a empresa informou que o Plano Estratégico 2023-27 prevê o desenvolvimento de novos campos e novas infraestruturas, como os projetos em parceria com a Sergipe Águas Profundas (SEAP), com capacidade de 18 milhões de m³/dia, e BM- C-33, em Basia de Campos, com capacidade de 16 mil m³/dia; além do Projeto Integrado Rota 3, previsto para 2024 e com capacidade de até 21 milhões de m³/dia. Segundo a Petrobras, essas novas infraestruturas agregarão capacidade de até 55 milhões de m³/dia à oferta nacional de gás.

Prates explicou como é feita a reinjeção de gás nos reservatórios, que faz parte do processo de descarbonização e aumento da produção de petróleo. O gás do pré-sal contém grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) que precisa ser reinjetado de volta aos campos de produção com parte do gás natural. Devido às condições de pressão dos dois reservatórios, esse processo proporciona maior produção de óleo.

“Essa captura de CO2 representa a maior operação desse tipo no mundo. Manteremos as melhores práticas de sustentabilidade para reduzir as emissões e descarbonizar dois processos. Ou devemos produzir óleo e gás com eficiência e com o máximo de descarbonização”, avaliou o presidente da estatal.

O gerente executivo de Reservatórios da Petrobras, Tiago da Rosa Homem, diz que é fundamental criar um ambiente cada vez mais competitivo para a produção de gás natural e petróleo. “Com o desenvolvimento de novas reservas e a conclusão da Rota 3, a Petrobras proporcionará um grande aumento na oferta de gás a partir de 2025. Porém, não é fácil encontrar petróleo economicamente viável, por isso é fundamental utilizar os melhores recursos e técnicas para extrair o máximo e otimizar os recursos energéticos do país”. (com Agência Brasil)