ECONOMIA

Desemprego cai para menor índice desde fevereiro de 2015

Taxa de desocupação ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 29/09/2023 às 12:41

Alterado em 29/09/2023 às 12:41

Fila de pessoas em buscas de emprego no centro de São Paulo Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Esse é o menor patamar desde fevereiro de 2015 (7,5%), ainda no governo de Dilma Rousseff (PT). Nem Michel Temer (MDB) e nem Jair Bolsonaro (PL) conseguiram colocar esse índice abaixo dos 8%.

A taxa de desocupação, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra a proporção de pessoas que buscaram emprego e não conseguiram no período em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados.

A taxa recuou não apenas em relação ao trimestre anterior, encerrado em maio deste ano (8,3%), mas também em comparação ao trimestre finalizado em agosto de 2022 (8,9%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) e foram divulgados nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo IBGE.

A população desocupada chegou a 8,4 milhões, apresentando recuos: de 5,9% (menos 528 mil pessoas), em relação ao trimestre anterior, e de 13,2% (menos 1,3 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior.

Para o IBGE, esse é o menor contingente desde junho de 2015 (8,5 milhões).

Já a população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em relação ao ano passado.

O rendimento real habitual foi calculado em R$ 2.947, apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 4,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 288,9 bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

Carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado - sem considerar trabalhadores domésticos - chegou a 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015 (37,29 milhões). Em relação ao trimestre anterior, a alta é de 1,1% (mais 422 mil pessoas), enquanto na comparação com o ano anterior o avanço é de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano.

O total de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) também cresceu no trimestre (2,1% ou mais 266 mil pessoas), mas ficou estável no ano. O mesmo aconteceu com os trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que cresceram ante o trimestre anterior (2,8%). Houve estabilidade em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2022.

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos 509 mil pessoas). Já o item empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.

A taxa de informalidade atingiu 39,1% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre anterior, mas abaixo dos 39,7% no mesmo trimestre de 2022.

Subutilização

A população subutilizada, isto é, que poderia trabalhar mais do que trabalha, ficou em 20,2 milhões de pessoas, quedas de 2,2% no trimestre e 15,5% no ano.

A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles com mais de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, foi de 66,8 milhões, uma queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil pessoas) e uma alta de 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.

Já a população desalentada, ou seja, aquela que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego por vários motivos, representou 3,6 milhões de pessoas, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e uma queda de 16,2% (menos 692 mil pessoas) na comparação com o ano passado. É o menor contingente desde setembro de 2016 (3,5 milhões).

Com Agência Brasil

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