ECONOMIA

Itaú lucra R$ 10,675 bilhões no 3º trimestre, mais 20% do que os resultados de Bradesco e Santander

Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 04/11/2024 às 20:22

Alterado em 04/11/2024 às 23:09

O ItaúUnibanco, maior banco privado do Brasil e da América Latina, continuou sendo uma máquina de lucros. Na comemoração do 100º aniversário da instituição (referente à criação da Casa Bancária Moreira Salles, matriz do Unibanco), o banco teve lucro líquido recorrente de R$ 10,675 bilhões, um aumento de 6% em relação ao 2º trimestre e de 18,1% sobre igual período do ano passado. O dado mais eloquente é que o lucro superou em 20% a soma dos lucros do Bradesco (R$ 5,225 bilhões) e do Santander (R$ 3.664 bilhões).

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o Itaú lucrou R$ 30,518 bilhões, num aumento de 16,40% sobre o mesmo período do ano passado. As receitas com prestação de serviços somaram R$ 11,228 bilhões, com queda de 0,9% frente ao 2º trimestre e crescimento de 5% em relação ao 3º trimestre de 2023. No acumulado do ano, as receitas chegaram a R$ 33,414 bilhões, com avanço de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Lucro no Brasil fica em R$ 10 bilhões

O ItaúUnibanco utiliza no balanço o somatório das atividades da “holding” na América Latina. Sem o lucro trimestral de R$ 626 milhões nas AL, o lucro da operação no Brasil ficou em R$ 10,050 bilhões um aumento de 5,1% no trimestre e de 19% sobre o 3º trimestre de 2023.

E a divisão das atividades no Brasil é feita em três escalas. No Varejo, o lucro foi de R$ 3,760 bilhões, com magro avanço de 1,1% no trimestre. As operações no atacado, que englobam parte da AL, geraram lucro líquido recorrente de R$ 5,592 bilhões, com crescimento de 28,3% no trimestre. Já as atividades de mercado e da corporação tiveram ganho de R$ 1,373 bilhão (+12%).

Provisões e inadimplência

Uma das causas da melhora do lucro foi a redução das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), que caiu para R$ 8,561 bilhões, uma redução de 7,9% no trimestre. No acumulado do ano, as despesas com PDD encolheram para R$ 26,986 bilhões, uma queda de 3% em relação ao ano passado. O saldo das provisões encolheu para R$ 51,131 bilhões, uma redução de R$ 6,055 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado.

Além da limpeza do passivo da Americanas, a melhora das PDD está ligada à redução do índice de inadimplência, que caiu para 2,9% no Brasil, 1,4% na América Latina e 2,6% na média total. As operações em atraso com mais de 90 dias para as pessoas físicas estava e, 4,0% (4,2% no trimestre anterior e 4,9% no 3º trimestre de 2023). Nas pequenas e médias empresas, o atraso caiu para 2,5%. Nas grandes empresas, o atraso era de apenas 0,02%.

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