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Inflação: IPCA-15 é de 0,11% em janeiro, 0,23% abaixo da taxa registrada em dezembro

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Por ECONOMIA JB
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Publicado em 24/01/2025 às 09:20

Alterado em 24/01/2025 às 09:20

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente) Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,11% em janeiro de 2025, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em dezembro de 2024 (0,34%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram resultado positivo em janeiro. O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 1,06%, e o maior impacto, 0,23 ponto percentual (p.p.), no índice do mês, seguido do grupo Transportes (1,01% e 0,21 p.p.). Por outro lado, o grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p) registrou deflação, ajudando a conter o índice de janeiro. Os demais grupos ficaram entre os 0,72% de Artigos de residência e os 0,15% de Comunicação.

No grupo Alimentação e Bebidas (1,06%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).

No grupo dos Transportes (1,01% e 0,21 p.p.), o subitem passagem aérea subiu 10,25%. Em combustíveis (0,67%), houve aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%).

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano apresentou variação de 0,46%. Em Curitiba (-2,17%), a partir de 05 de janeiro, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor e, em Fortaleza (-0,45%) houve a adoção da tarifa social no dia 31/12/2024.

Foram ainda apropriados os seguintes reajustes nas tarifas: Belo Horizonte (4,00%), devido ao reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro (2,79%), dado o reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador (2,48%), com o reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; Recife (1,46%), com o reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; e São Paulo (-4,24%), com o reajuste de 13,64% a partir de 6 de janeiro. A queda registrada reflete as gratuidades concedidas a toda a população nos dias de feriado de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01).

Houve também aumento no táxi (3,08%) no Rio de janeiro, em decorrência do reajuste de 7,83% a partir de 02/01 e, em São Paulo, foram registrados aumentos de 1,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de -1,78% na integração transporte público em São Paulo é reflexo da combinação dos reajustes citados e de gratuidades concedidas a toda população nos dias de feriado de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01).

No grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. A queda registrada é em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro.

Também em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,86%) é decorrente do reajuste de 9,83% nas tarifas do Rio de Janeiro (5,68%) a partir de 1º de dezembro; do reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte (2,73%) a partir de 1º de janeiro e do reajuste de 6,45% nas tarifas em Porto Alegre (1,36%) vigente desde 1º de janeiro. A variação de 0,62% no gás encanado ocorre devido ao reajuste de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro (2,00%).

Em janeiro, IPCA-15 subiu em nove regiões

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Goiânia (0,53%), por conta das altas da gasolina (5,77%) e do etanol (12,29%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 

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