ECONOMIA

S&P Global reduz perspectivas de preços do petróleo para 2025

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Por ECONOMIA JB com Agência Estado
redacao@jb.com.br

Publicado em 11/04/2025 às 08:02

Alterado em 11/04/2025 às 08:02

Plataforma da Petrobras na Baía de Guanabara Foto: Saulo Cruz/MME

A S&P Global Ratings anunciou nesta quinta-feira, 10, que reduziu suas perspectivas de preço do petróleo Brent e WTI em US$ 5 por barril (bbl), para US$ 65/bbl e US$ 60/bbl, respectivamente, para o restante de 2025. As premissas permanecem as mesmas para 2026 a 2028.

"Nossos preços revisados levam em conta as expectativas de um crescimento mais fraco da demanda global de petróleo, mas também nossa suposição de que uma mudança adversa nas expectativas de demanda resultaria em menos oferta adicional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), dadas suas repetidas declarações de que os aumentos podem ser pausados ou revertidos, dependendo da evolução das condições do mercado", disse Simon Redmond, analista de crédito da S&P.

Permanecem incertezas significativas, incluindo os níveis duradouros das tarifas, as consequências para a demanda da commodity e a materialidade de quaisquer ajustes de fornecimento, acrescenta a agência de análise de risco.

Petrobras

A Petrobras já está debruçada sobre os dados dos recém-abertos campos da Índia que serão vendidos este ano, informou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, que ainda não bateu o martelo para a participação da estatal brasileira no leilão asiático.

"Fomos ao data room e já pegamos os dados, há uma, duas semanas", disse Sylvia após palestra no seminário "A Força do Petróleo do Rio de Janeiro", realizado na zona oeste da cidade.

A executiva informou que a Índia havia fechado 35% das áreas possíveis de exploração e produção de petróleo em águas rasas, profundas e ultraprofundas, mas resolveu abrir para licitação este ano, o que despertou o interesse da Petrobras, que tem expertise em todos os níveis de exploração.

Em fevereiro, a presidente da estatal, Magda Chambriard, já havia sinalizado com a possibilidade da participação no leilão indiano.

"Nós analisamos, vemos a potencialidade e verificamos a possibilidade de participar ou não. Levamos ao nosso Conselho de Administração e, se for favorável, podemos partir (para o leilão), mas primeiro tem de avaliar", explicou a diretora, ressaltando que a Índia importa entre 4 a 5 milhões de barris diários de petróleo.

Sylvia descartou participar de outros leilões que serão promovidos no mundo este ano, como na Noruega, mas afirmou que o interesse na África continua. "A África sempre avaliamos. Avaliamos o corredor da África", ressaltou, sobre a área da costa daquele continente.

Sobre uma possível parceria com a Galp na Namíbia, no continente africano, que estava sendo costurada, onde a Petrobras passaria a ser a operadora do campo, a diretora se limitou a dizer que as negociações estavam paradas. "Eles pararam aquele processo e resolveram continuar perfurando", explicou.

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