AGROPECUÁRIA
Exportação de café em setembro cresce 33,3% em volume, e 84,5% em receita ante setembro/23
Por JB AGRO com Agência Estado
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Publicado em 10/10/2024 às 07:18
Alterado em 10/10/2024 às 07:18
O Brasil exportou 4,464 milhões de sacas de 60 quilos de café em setembro, 33,3% mais que em setembro de 2023. A receita avançou 84,5%, para US$ 1,194 bilhão, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Os resultados são recorde para o mês. No primeiro trimestre do ano safra 2024/25 (julho a setembro), os embarques do produto ao exterior totalizam 12,050 milhões de sacas (+19,7% ante igual período da temporada anterior), e US$ 3,105 bilhões (+54,7%) em receita ao país. Ainda conforme o Cecafé, em nota, no acumulado do ano (janeiro a setembro) o Brasil exportou o recorde de 36,428 milhões de sacas, aumento de 38,7% em relação aos 26,264 milhões registrados nos nove primeiros meses de 2023, com receita de US$ 8,451 bilhões, alta de 51,9% ante os US$ 5,563 bilhões no acumulado do ano passado até setembro.
O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, destaca as dificuldades logísticas, com maior demanda por contêineres para embarques, principalmente de café, açúcar e algodão. "Não tivemos alteração no cenário logístico e seguimos nos deparando com grandes e constantes atrasos de navios para exportação, abertura de gates com tempo limitado, pátios de portos abarrotados e cargas que chegam do campo e não conseguem ser despachadas, gerando elevados custos extras aos exportadores", disse em nota. "Esse cenário gera o não embarque, neste ano, de aproximadamente 2 milhões de sacas de café, que estão acumuladas nos portos, ampliando os prejuízos das empresas exportadoras e a não entrada de milhões de dólares como receita ao Brasil."
Segundo ele, as empresas vêm buscando alternativas para manter o fluxo dos cafés brasileiros ao exterior e citou dois embarques via break bulk realizados em setembro.
"Nessa modalidade, utilizam-se big bags para armazenamento do café dentro dos navios, prática que era comumente vista na década de 60 e que, mais recentemente, foi observada em 2022, em função da pandemia, como alternativa para a baixa disponibilidade ou mesmo a falta de contêineres no mercado mundial", disse.