Contratos Futuros Bitcoin da Bovespa: Diferenças em relação a ETFs

Por INFORME ECONÔMICO

A habilidade de prever a flutuação das criptomoedas é essencial para investir nos novos tipos de ativos

Pelos corredores da Bolsa de Valores de São Paulo, o assunto da semana são os contratos futuros de Bitcoin que começaram a ser negociados na quarta-feira, último dia 17. Esses ativos são os primeiros do tipo a serem negociados no principal balcão de negócios financeiros do Brasil.

Eles chegam para complementar outros ativos relacionados a criptomoedas que a Bovespa tem anunciado nos últimos meses. Outro anúncio, um pouco mais antigo, foram os ETFS da Bovespa, que chegaram aqui em meados de 2021. No entanto, vale destacar que existem diferenças essenciais entre os Contratos Futuros que chegam agora e os ETFS, que estão há 3 anos.

A única coisa que os dois têm em comum é que são espécies de investimentos indiretos em criptomoedas. Para comprar Ibovespa, índice que soma todas as ações listados na Bola de Valores de São Paulo.

Vamos pegar como exemplo um dos ETFs mais populares no Brasil, o Nasdaq Crypto Index (NCI). Esse ETF é composto por um grupo de 9 criptomoedas, atualmente: Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Bitcoin Cash, Polkadot, Chainlink, Stellar, Uniswap e Ethereum Classic.

Imaginemos que o ETF da NCI é uma pizza congelada de nove sabores. Ao comprar essa pizza, cada sabor tem um valor de mercado, calculado pela demanda. O sabor Bitcoin pode estar mais valorizado do que o sabor Polka Dot, por exemplo. Mas todos estão dentro da sua pizza, o que faz dela igualmente valorizada.

Assim, independentemente de qual dos sabores se valorizem, toda a sua pizza vai se valorizar. No entanto, o contrário também se aplica. Se um dos sabores se desvalorizar, todo o valor da pizza cai.

Trazendo a analogia para o caso das criptomoedas, os ETFs voltados para esses ativos selecionam aquelas que, segundo os administradores, devem se valorizar. Se houver valorização, todos os donos do ETFs lucram com isso.

Qual vale mais a pena: ETFs ou Contratos Futuros?
Como vimos, ambos ativos são totalmente distintos, apesar de serem complementares. Há ativos de ETFs que se baseiam em Contratos Futuros, e Contratos Futuros lastreados em ETFs. No entanto, a natureza de ambos é diversa e são indicados para vários tipos de operações.

Os que preferem Contatos Futuros estão mais acostumados com análises de gráficos e prospecção de resultados futuros, enquanto os investidores de ETFs estão mais acostumados a lidar com os índices. Nenhum deles, vale destacar, é um investimento direto em criptomoedas, mas uma aposta intermediada pela BOVESPA e outras Bolsas de Valores, a respeito da valorização desses ativos.

Independentemente do seu tipo, a melhor estratégia sempre é diversificar seu portfólio. Uma parte em ETFs, outra parte em Contratos Futuros e também uma parte em compra de criptomoedas de forma direta. Assim, o investidor estará amparado em todos os cenários possíveis de uma forma completa.