Sérgio Castro Imóveis responde a mais de 500 processos na justiça

Receita Federal pode bloquear bens e receitas da empresa e dos sócios para quitação de dívida milionária. Proprietários que possuem imóveis com a administradora se mostram preocupados e ficam na dúvida se receberão os aluguéis

Por INFORME ECONÔMICO

Claudio Castro Bourbon

Conhecida no mercado por propagandas que na maioria das vezes mostram para o consumidor oportunidades que não correspondem à realidade do mercado, a Sergio Castro Corretora de Imóveis, por esses e outros motivos, responde a mais de 500 processos na justiça, ações que vão desde má administração até a prestação de contas duvidosas.

A empresa é comandada por Cláudio Castro Bourbon, filho do fundador, que diz ser "tetraneto de D. Pedro II".

Mesmo devendo milhões à Receita Federal e a centenas de consumidores lesados por sua empresa, Cláudio Castro desfila em sua Masserati de 1 milhão de reais. O Banco Safra e a Sul América Seguros executam a empresa por falta de pagamento.

Seus desafetos dizem que o esporte do empresário em reuniões do setor é falar mal do Eduardo Paes, acusando o prefeito de nada fazer pelo Centro do Rio, onde se concentra a maior parte da carteira de imóveis da Sergio Castro que, neste momento, tem mais de 50% dos imóveis vagos.

Dois concorrentes da Sérgio Castro Imóveis, que pediram para não ser identificados, disseram ao JB que a empresa está indo ladeira abaixo por falta de credibilidade. Mais ainda, pela vaidade do Cláudio. O irmão não tem poder.

A empresa gasta uma fortuna para manter um Centro Cultural em Laranjeiras. Seus desafetos vão direto ao assunto: "aquilo é pura lavagem de dinheiro", sobretudo das comissões que recebem em caixa dois", concluiu o concorrente.

Procurado pelo JB, Cláudio Castro Bourbon não quis falar.