Calor impulsiona mercado de sorvete

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SÃO PAULO, 13 de fevereiro de 2007 - O ano de 2006 foi bom para o mercado de sorvetes - um negócio de quase US$ 1 bilhão. Motivado pelas altas temperaturas, o brasileiro consumiu mais sorvete no ano passado e deverá consumir mais ainda neste ano, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis) - 505 milhões de litros.

'Mesmo assim, o brasileiro consome pouco o produto à base de leite. Apenas 3,5 litros por ano per capita, enquanto no Exterior a média anual é de 20 a 22 litros per capita', informa a diretora do Grupo Dipemar, Maria Antonia Ferreira, empresa que promoverá a 4ª TecnoLáctea, feira da indústria de leite e derivados, em abril, em São Paulo.

Segundo ela, a sazonalidade do consumo não faz parte da realidade dos países europeus, onde o sorvete é ingerido como alimento. 'Aqui, no inverno, as pessoas evitam tomar sorvete para se proteger de resfriados e gripes, o que é uma idéia falsa.', exclama.

Segundo a Abis - com 200 empresas associadas, mais de 50% do mercado brasileiro, composto por 10 mil empresas -, o setor busca alternativas para incrementar o consumo do produto e modificar os hábitos do brasileiro. Uma das ações é exatamente a 4ª TecnoLáctea. A entidade vai aproveitar o espaço para fortalecer a união entre representantes do setor lácteo e a indústria de sorvetes.

O segmento, segundo a associação, deve fechar o faturamento de 2006 com uma produção de 505 milhões, consumo de 507 milhões (com algumas importações) e faturamento de US$ 886 milhões ante os US$ 860 milhões somados em 2005.

No quesito exportações, o segmento sorvetes vende cerca de R$ 1 milhão, montante considerado pouco pela Abis, que acredita que o País tem capacidade de ofertar mais produtos. Um dos objetivos da empresa é buscar nos sabores de frutas tropicais típicas do País o diferencial para aumentar a demanda externa bem como agregar valor ao produto, criando sorvetes com características probióticas.

(Silvana Orsini - InvestNews)