Comerc Energia analisa o PAC
O Brasil, contrariamente a esta tendência, está caminhando no sentido de "sujar" sua matriz. Dos aproximadamente 25.500 megawatts (MW) cadastrados pela Empresas de Pesquisas Energéticas (EPE) para os leilões de energia nova, que deverão ocorrer em maio, mais de 70% são provenientes de fontes poluentes e não-renováveis como Carvão Mineral, Coque, Óleo Diesel, etc.
Do total de empreendimentos cadastrados, apenas cerca de 3.650 MW vêm de fontes hidrelétricas (cerca de 14%). Além da energia hidrelétrica, a potência de outros empreendimentos de fontes limpas refere-se a 2.181 MW de biomassa (dos quais aproximadamente 2.119 MW são oriundas do bagaço de cana-de-açúcar) e 1.196 MW de fontes eólicas.
A baixa oferta de fontes hidrelétricas para os próximos leilões de energia deve-se justamente à mencionada ausência de usinas viáveis para serem leiloadas, tendo em vista as condições ambientais restritivas com as quais a maioria dos projetos se depara. Assim, a geração de energia nuclear pode representar uma alternativa viável para diversificação da matriz energética com menor agressão ao meio-ambiente.
Neste sentido, o governo tomou a decisão correta ao anunciar, recentemente, que retomará os estudos referentes à conclusão da usina de Angra 3, e analisará a construção de quatro a seis novas centrais nucleares até 2030, que representariam 5% da nossa matriz energética.
O Brasil possui a 6ª maior reserva de urânio do mundo, com apenas 30% do nosso território tendo sido prospectado.
(ID - InvestNews)