Estudo alerta que produção alemã pode despencar com aquecimento global
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BERLIM - A produtividade alemã pode cair em até 12 por cento até 2100 com a elevação da temperatura resultante de mudanças climáticas, e milhares de pessoas morrerão em consequência do calor, afirmou um novo estudo na segunda-feira. A pesquisa, conduzida pelo Instituto Kiel para o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), previu que o número de "dias quentes" na Alemanha, quando a temperatura fica acima de 32 graus Celsius, subirá substancialmente até o final do século, com consequências "trágicas".
Segundo a pesquisa, mortes relacionadas ao calor podem subir em 5.000 para 15.000 por ano, enquanto o número de pessoas internadas em hospitais por sintomas provocados pelo calor pode subir em seis vezes, para 150.000 por ano, resultando na escalada de custos hospitalares.
- Os maiores custos, contudo, serão causados pela habilidade reduzida dos trabalhadores de manterem a produtividade em dias extremamente quentes - afirmou o Instituto Kiel e o WWF em um comunicado conjunto.
- Quedas de produtividade de até 12 por cento podem provocar perdas à economia de até 10 bilhões de euro.
A Alemanha, que está com a presidência rotativa da União Européia e do G8, já se comprometeu em colocar a questão ambiental no topo da sua agenda. A chanceler Angela Merkel disse que pretende progredir na formulação de um acordo para reduzir a emissão de gás carbono depois que o Protocolo de Kyoto expirar em 2012.
Sua coalizão de conservadores e Social Democratas (SPD), no entanto, está dividida em relação à política energética e inicialmente resistiu a demandas da UE para que reduzisse seu teto para a emissão de carbono.