Braskem prevê diversificar uso de polímero verde

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SÃO PAULO, 21 de junho de 2007 - O presidente da Braskem, José Carlos Grubisish, revelou hoje que o polímero verde desenvolvido a partir do etanol para a produção de polietilenos poderá ser usado também no desenvolvimento do polipropileno. Além disso, a empresa estuda a possibilidade de desenvolver novos produtos a partir de outros tipos de biomassa, em substituição à cana-de-açúcar. ´Temos o interesse de desenvolver outros programas para a valorização da biomassa´, disse.

A empresa aposta que a demanda por esse tipo de produto será crescente no mundo e que o apelo de sustentabilidade do produto será um aliado para a expansão dos polímeros verdes em outros mercados. ´Queremos ser para os polímeros verdes o que o Oriente Médio é para os polímeros não-renováveis´, destacou o executivo, comparando o mercado brasileiro com a região onde há grande disponibilidade de produtos feitos a partir de insumos como o gás natural e a nafta, derivados do petróleo, de baixo custo.

Para isso, a Braskem aposta em parcerias feitas com grandes players do setor de transformação. ´Já temos acordos com empresas que são líderes mundiais em seus segmentos e estamos prontos para responder às necessidades do mercado´, completou Grubisich.

O polímero verde apresentado hoje pala Braskem é o primeiro do mundo com 100% de matéria-prima renovável e foi certificado pelo Beta Analytic, um dos principais laboratórios para esta área no mundo. Por ser produzido a partir da cana-de-açúcar, significa para a Braskem a possibilidade de produzir uma resina que não esteja suscetível às oscilações no preço do petróleo e seus derivados.

(André Magnabosco - InvestNews)