Humor externo ainda determina negócios

SÃO PAULO, 5 de novembro de 2007 - O cenário externo continua como fator determinante para o rumo dos negócios e deixando os investidores cada vez mais cautelosos e atentos aos sinais sobre os impactos da crise de crédito para a evolução da economia americana e mundial. No mercado de câmbio, a divisa estrangeira subia 0,46%, comprada a R$ 1,755 e vendida a R$ 1,756.

O temor de que a crise do crédito imobiliário norte-americano continue se espalhando, prejudicando o desempenho dos bancos e a economia real, voltou a deprimir o ânimo dos investidores nesta segunda-feira. O Citigroup anunciou ontem que deve fazer uma baixa contábil de US$ 8 bilhões a US$ 11 bilhões associada à marcação a valor de mercado de ativos relacionados ao setor hipotecário subprime e de outros produtos mais arriscados de sua carteira.

Internamente, foi divulgado que a balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 269 milhões na primeira semana de novembro (de 01 a 04), que contou com apenas um dia útil devido ao feriado de Finados. No mesmo período de outubro (5 dias úteis), o saldo foi de R$ 483 milhões. Os dados foram divulgados há pouco pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os investidores monitoraram também o Boletim Focus, onde os analistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para a taxa de câmbio em 2007 de R$ 1,80 para R$ 1,78. Para 2008, a previsão caiu de R$ 1,90 para R$ 1,87. A estimativa para o saldo da balança comercial diminui de US$ 41 bilhões para US$ 40,95 bilhões neste ano.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)