Dólar perde forças após leilão do BC

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SÃO PAULO, 18 de junho de 2008 - O câmbio operou em alta nesta manhã e chegou a máxima de R$ 1,625, acompanhando a fraqueza das bolsas de valores e a recuperação do dólar no mercado internacional. Porém, após as compras diárias do banco Central, a divisa norte-americana perdeu forças. No fim da manhã o dólar subiu 0,19%, a R$ 1,609 na compra e R$ 1,611 na venda

O desempenho ruim das bolsas era explicado pelo resultado da FedEx, que teve prejuízo no trimestre e traçou projeções pessimistas para os próximos meses e pelo balanço do Morgan Stanley. Um dos principais bancos dos Estados Unidos reportou lucro líquido de US$ 1,03 bilhão na passagem do primeiro para o segundo semestre de 2008, volume 57% menor quando comparado ao resultado apresentado um ano antes (US$ 2,36 bilhões). Neste sentido, o Fifth Third Bancorp, considerado o maior banco regional dos EUA, comunicou que deverá captar recursos e cortar dividendos com o objetivo de cobrir os prejuízos dos últimos meses. Entre os índices, Dow Jones cedia 0,55%, Nasdaq 0,53% e S&P 0,54%.

Investidores esperam divulgação do BC do Brasil sobre parcial do fluxo de câmbio. Na avaliação de especialistas, a alta do juro por aqui, o aumento dos preços das commodities e a diminuição das compras de dólares pelo BC no mercado devem fazer com que o dólar rompa a barreira psicológica de R$ 1,60. Entre maio e junho, a média por dia útil das compras do BC recuou de US$ 128 milhões para US$ 95,3 milhões, segundo informações do mercado. Nesta manhã, a instituição fixou taxa de corte de R$ 1,614.

Alex Agostini, economista-chefe da consultoria Austin Rating, pondera que as incertezas quanto ao rumo da taxa de juros nos EUA e Europa e a deterioração das contas externas brasileiras limitam esta queda.

(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)