Ásia em alta; Índices fecham agosto em terreno negativo
O índice Nikkei 225 de Tóquio subiu 2,38%, para 13.072,87 pontos. O Kospi de Seul encerrou o dia estável, aos 1.474,24 pontos. Em Hong Kong, o indicador referencial Hang Seng avançou 1,38%, para 21.261,89 pontos. Já na China, o índice Xangai Composto apresentou ganho de 2,01%, para 2.397,37 pontos.
Ontem, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,3% no segundo trimestre deste ano, acima das estimativas dos economistas, que projetavam uma expansão de 2,7% no período. O resultado sinalizou uma melhora na maior economia do mundo e elevou o ânimo dos investidores asiáticos.
Para o economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios, "o crescimento da economia dos Estados Unidos, ainda que reduzido, mostra o dinamismo do mercado interno e da maior flexibilidade do mercado de trabalho, em comparação com as economias européias e japonesas, que se encontram estagnadas".
Em Tóquio, as ações de companhias exportadoras foram as mais beneficiadas na sessão. Os papéis da Honda, Toyota e Sony, que possuem forte presença no mercado norte-americano, encerraram o dia com alta de 2,58%, 3,35% e 2,17%, respectivamente. A valorização do dólar ante a divisa nipônica também colaborou para os ganhos no pregão. A moeda norte-americana finalizou cotada a 109,13 ienes, contra 108,93 ienes do dia anterior.
Por outro lado, o pregão nipônico foi influenciado negativamente pela divulgação de dados sobre a economia japonesa. O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) avançou para 2,4% em julho, enquanto as vendas no varejo cresceram 1,9% no mesmo período. Os gastos domésticos diminuíram 0,5% no mês passado. Já a produção industrial teve crescimento de 0,9% em julho.
O petróleo também centrou as atenções dos investidores asiáticos nesta sexta-feira. Há instantes, o barril da commodity operava com alta de 0,95%, cotado a US$ 116,69 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês).
O avanço é incentivado pela tempestade tropical Gustav, que ameaça interromper as produções de petróleo e gás na região do Golfo do México e que deverá atingir o Estado da Louisiana (Estados Unidos) na próxima semana. De acordo com meteorologistas, a tempestade Gustav deverá ser a mais forte na região desde a passagem do furacão Katrina.
Apesar do cenário positivo observados nos mercados asiáticos nesta sexta-feira, os principais índices da região encerraram o mês de agosto com desempenho negativo. O Nikkei 225 teve desvalorização de 2,27%, enquanto o indicador Kospi apontou baixa de 8,16%. Já o Hang Seng e o Xangai Composto sofreram perda de 6,46% e 13,63%, respectivamente.
(Marcel Salim - InvestNews)