Acordo no Congresso dos EUA agrada e dólar cai 2,47%
Os legisladores concordaram em permitir o uso dos US$ 700 bilhões, mas querem liberar os recursos em parcelas, sendo que US$ 250 bilhões seriam disponibilizados imediatamente. A proposta também prevê limites para a remuneração dos bancos ajudados pelo pacote, além do direito de participação acionária para o governo nas instituições que receberem recursos. O acordo será votado amanhã e a expectativa é de que o plano seja aprovado no Congresso e no Senado antes da próxima segunda-feira.
Pelas mesas de operações, circularam os rumores de que a aprovação do pacote poderá vir acompanhada de corte na taxa básica de juros, o que ajudou a derrubar o dólar frente às demais moedas. "O encontro havia reforçado a convicção de que, mesmo não havendo consenso sobre o todo da proposta, o pacote será aprovado, pois embora o valor estimado envolvido da ordem de US$ 700 bilhões seja expressivo, as conseqüências da não aprovação poderão ser maiores sobre o mercado financeiro norte-americano e, sobretudo sobre a economia dos EUA que já vem evidenciando forte desaquecimento", avalia o diretor executivo da NGO corretora, Sidnei Moura Nehme.
Números apresentados nesta quinta reforçaram o cenário nada positivo sobre a economia americana. Em agosto, as encomendas por bens duráveis sofreram forte queda de 4,5%, enquanto que as vendas de imóveis novos se contraíram 11,5%. Já os pedidos semanais por seguro-desemprego saltaram de 461 mil para 493 mil.
Por aqui, as coisas continuam indo bem. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País recuou para 7,6% no mês passado.
Na imprensa internacional, reportagem do "Financial Times" sugere que a crise econômica mundial, pode, paradoxalmente, ser benéfica para o Brasil. "A crise pode funcionar como um controle para o crescimento econômico cujo vigor vinha criando pressões inflacionárias", destaca o artigo.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)