Quem ganha até 2,5 sálarios paga mais por despesas

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SÃO PAULO, 5 de novembro de 2008 - As famílias com renda de um a dois salários mínimos e meio pagaram mais caro pelas desespas básicas em outubro, informou nesta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês passado, o Índice de Preços o Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salário mínimo mensais, apresentou aumento de 0,66% em relação a setembro. Esta é a maior taxa desde junho, quando o índice registrou alta de 1,29%. No ano, o IPC-C1 acumula alta de 6,36% e em 12 meses de 7,97%.

O IPC Brasil, índice que mede o consumo da população de sete capitais brasileiras, subiu 0,47% em outubro, acumulando alta de 4,9%, no ano, e de 5,95% em 12 meses, se posicionando abaixo do índice referente as gastos dos menos favorecidos.

Segundo a FGV, a principal contribuição para a aceleração do IPC-C1 partiu do grupo Alimentação (-1,65% para 1,01%), sendo destaque Arroz e Feijão (-3,55% para 3,58%), Frutas (2,32% para 6,36%), Carnes Bovinas (0,74% para 4,10%), Pescados Frescos (-1,74% para 1,97%) e Hortaliças e Legumes (-10,46% para -2,15%) .

Também exerceram influência os gastos com Vestuário (0,43% para 1,89%), Educação, Leitura e Recreação (-1,03% para 0,20%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,08% para 0,29%), Habitação (0,24% para 0,33%) e Transportes (0,00% para 0,01%)

A única categoria que registrou recuo foi Despesas Diversas (1,45% para 0,54%). Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: Cigarros (2,28% para 1,00%) e Alimentos para Animais Domésticos (2,24% para 0,80%).

(VS - InvestNews)