Ajuda a montadoras e FomC são destaques do dia
Ontem, embora as principais praças acionárias norte-americanas estivessem operando em queda no fechamento do Ibovespa, a sessão em Wall Street terminou com ganhos o que, teoricamente, exigiria algum ajuste na abertura do mercado doméstico. "Ocorre que os mercados futuros voltam a cair forte nesse início de manhã, o que desconta boa parte da reação", segundo relatório da Ágora Corretora.
A quarta-feira começa repercutindo que executivos de três grandes montadoras norte-americanas foram ao Congresso dos Estados Unidos, na noite de ontem, informar que suas fábricas oscilam à beira de um desastre. As companhias solicitaram a aprovação de um pacote de ajuda de US$ 25 bilhões para o setor.
Rick Wagoner, presidente da General Motors (GM), afirmou que a proposta "visa salvar a economia dos EUA de um catastrófico colapso". Já o Chief Executive Officer (CEO) da Ford, Alan Mulalluy, disse que embora a indústria automobilística doméstica tenha cometido erros no passado, os problemas atuais foram exacerbados por uma das piores crises econômicas em quase três décadas. Robert Nardelli, presidente da Chrisler informou que a montadora tomaria cerca de US$ 7 bilhões do pacote de US$ 25 bilhões, enquanto a GM receberia entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões e a Ford ficaria com US$ 7 bilhões ou US$ 8 bilhões.
Além disso, os investidores aguardam uma séria de indicadores a serem divulgados hoje. Na agenda do dia estão programadas as divulgações do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) referente a outubro e construção de novas residências e licenças para construção, também referentes a outubro. O destaque do dia fica por conta da minuta do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), dos Estados Unidos, referente a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) realizada entre os dias 28 e 29 de outubro, na qual a entidade monetária cortou os juros em 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano.
(Vanessa Correia - InvestNews)