Apesar de agravamento da crise, emprego cresce

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SÃO PAULO, 19 de novembro de 2008 - Apesar do ápice da crise financeira internacional ter ocorrido no final do terceiro trimestre, a construção civil brasileira não sentiu imediatamente os reflexos do pior momento da história da economia mundial, dando sinais de que a atividade estava indo bem. O nível de emprego, principal sinalizador de aquecimento, cresceu 1,85% em setembro, face agosto, com a contratação de mais 39,8 mil trabalhadores, segundo pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Projetos com base em dados do Ministério do Trabalho. Em setembro, o contingente de empregados na construção bateu recorde de 2,188 milhões pessoas.

Em 12 meses, houve uma expansão acumulada de 19,88%, para 362,9 mil trabalhadores.

A construção paulista também aumento nas constratações (1,38%). Em setembro foram admitidos 8,2 mil trabalhadores. Nos últimos 12 meses foram contratados 103 mil pessoas, um acréscimo de 20,43% em relação a igual período do ano passado.

Segundo o sindicato, em todas as regiões do Estado houve aumento do emprego, com exceção de Santos, onde houve redução de 0,79% no número de postos de trabalho, com a demissão de 188 trabalhadores. O destaque positivo ficou para Sorocaba, que apresentou alta de 2,85% no mês ( mais 1.815 empregados). Na região, o setor acumulava até setembro um contingente de 65,6 mil trabalhadores formais.

Na capital paulista, o emprego na construção civil cresceu 1,24% em setembro, em relação a agosto, com o emprego de mais 3,5 mil trabalhadores. Em 12 meses, haviam sido contratados mais 50,2 mil empregados, aumento de 20,96%.

(Vanessa Stecanella - InvestNews)