Produção de frango deve crescer 7% em 2008

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SÃO PAULO, 10 de dezembro de 2008 - A avicultura brasileira deve encerrar o ano com uma produção estimada de 11 milhões de toneladas de carne de frango, crescimento de 7,5% em relação a 2007. Desse total, 3,8 milhões de toneladas são para exportação, atingindo uma receita cambial de mais de US$ 7 bilhões, o que corresponde a uma participação de 40% do mercado mundial. De acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBA), mesmo com a crise financeira mundial, a produção de frango deverá manter a liderança de consumo no mercado interno, conquistada desde 2006, quando comparada com outras carnes.

Porém, o setor está preocupado com o primeiro semestre de 2009, já que necessita de capital de giro e pode contar com uma diminuição significativa nas exportações. Embora a crise ainda não tenha afetado diretamente a avicultura, a entidade recomendou aos seus associados uma redução no nível de alojamento de pintos de corte de no mínimo 15%, não ultrapassando 420 milhões mensais no período de dezembro deste ano a março de 2009, para adequar a produção à demanda projetada, evitando a sobra de produtos e a queda nos preços.

Além da crise, o mercado interno ainda iniciará no primeiro trimestre de 2009 um período tradicionalmente de baixo consumo para a carne de frango, devido aos gastos com festas de final de ano, férias, compra de material escolar, taxas, impostos, entre outros.

O presidente da UBA, Ariel Antônio Mendes e o presidente da Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frango (ABEF), Francisco Turra, solicitaram ao Banco do Brasil crédito para custeio e capital de giro das empresas avícolas. ´Fizemos várias solicitações ao governo, mas a liberação está demorando, pois os bancos estão reticentes e não estão liberando os recursos. Nosso setor quase não faz pedidos neste sentido, mas gostaríamos de contar com apoio federal´, disse o presidente da UBA, Ariel Antonio Mendes.

´Até dois meses atrás, os bancos procuravam diversas empresas do setor para oferecer crédito. Sabemos que a economia sofreu alterações, mas para a avicultura o cenário não mudou, não havendo motivo para restrição do crédito.´

(Redação - InvestNews)