País quer auto-suficiência em fósforo
A redução na importação de insumos é uma estratégia econômica. Com menor necessidade de importar, o setor de alimentação animal e de fertilizantes ficaria menos suscetível aos efeitos de uma alta de preços dos insumos minerais. Em 2008, por exemplo, o aumento chegou a 300%.
O País possui suficientes jazidas de fosfato e grande potencial para produção de nitrogenados. No entanto, ainda é preciso identificar e dimensionar a capacidade dessas jazidas. No caso do potássio, outro insumo de destaque na agricultura, há uma grande reserva na Região Amazônica, cujo uso depende de estudos.
A exploração de jazidas requer, também, mudança na legislação, principalmente, sobre o prazo que as empresas detentoras de lavras podem mantê-las sem utilizá-las. Por isso, o governo federal instituiu um grupo de trabalho que analisa as diretrizes para a exploração das jazidas para a produção de fertilizantes.
O grupo, que estabelecerá metas e ações necessárias para alcançar a auto-suficiência na produção de fertilizantes, é formado por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com o setor produtivo, e do Ministério de Minas e Energia, por meio do Departamento Nacional de Produção Mineral e a Petrobrás.
A iniciativa brasileira de ampliar a produção de fertilizantes foi apoiada pelos países do Cone Sul. Na 4ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em agosto, no Chile, os titulares da Agricultura do Brasil, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai se comprometeram a designar especialistas no assunto para traçar uma estratégia comum para atingir a auto-suficiência na região.
"Alguns deles têm condições de ampliar significativamente a produção de fertilizantes. É o caso da Argentina que pode aumentar a exploração de potássio", afirmou o ministro brasileiro, Reinhold Stephanes.
(Redação - InvestNews)