Índice de Confiança da Indústria segue em alta
Jornal do Brasil
RIO - As perspectivas dos industriais sobre as condições do setor tornaram-se menos pessimistas em março, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou sua terceira alta consecutiva, de 2,2% frente a fevereiro.
Apesar da alta na comparação com o mês anterior, o ICI permanece em níveis historicamente baixos, sinalizando um ritmo fraco de atividade industrial. Na comparação com março de 2008, o indicador registrou queda de 32,4%. A FGV aponta, no entanto, que o resultado de março pode ser considerado como positivo porque, diferente do que ocorreu em fevereiro, quando a evolução positiva foi exclusivamente atribuída à recuperação do segmento de autopeças e montadoras, neste mês o resultado foi determinado por um conjunto mais abrangente de gêneros industriais.
Em março, tanto o Índice da Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) avançaram em relação ao mês anterior, em 2,2% e 2,3%, respectivamente. Com a alta, os dois indicadores atingiram os maiores níveis desde novembro de 2008. Em relação à situação atual, a proporção de empresas que avaliam o nível de demanda como forte elevou-se de 4,0% para 11,9%. Já a parcela das que o consideram como fraco aumentou de 36,3% para 40,1%.
Para os próximos meses, as previsões de produção tornaram-se mais favoráveis. Das 1.066 empresas consultadas, 27,7% preveem aumento e 17,7%, redução no trimestre março a maio de 2009.
Respostas imediatas
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a economia brasileira escape do pior da crise global e tenha uma pequena contração este ano, graças às imediatas respostas fiscal e monetária à desaceleração da atividade. Em seu relatório de perspectiva econômica, publicado nesta terça-feira, a OCDE observa que o país perdeu fôlego no fim do ano passado, por causa da queda na produção industrial.
A OCDE estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 0,3% em 2009, após crescimento de 5,1% em 2008.