G20 pode criar punições para paraísos fiscais

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SÃO PAULO, 3 de setembro de 2009 - França, Alemanha e Grã-Bretanha desejam que o G20 estabeleça "regras obrigatórias" sobre remunerações no setor financeiro e medidas para punir os paraísos fiscais que se recusam a respeitar as normas internacionais, afirma uma carta comum divulgada nesta quinta-feira.

No texto, dirigido à presidência sueca da União Europeia (UE), o presidente francês, Nikolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, manifestam o desejo de que o G20, durante a reunião de 24 e 25 de setembro, transforme uma série de princípios em "regras obrigatórias" para as entidades financeiras de grande porte.

"O G20 deve assegurar que existam sanções a nível nacional para os bancos que não apliquem estas regras", afirmam os dirigentes. "Deveríamos examinar os meios para limitar a quantidade dos bônus nos bancos, seja em proporção à remuneração total, seja em função do faturamento ou lucro do banco", completam.

No que diz respeito aos paraísos fiscais, os três governantes afirmam na carta que os líderes do G-20 deveriam fechar um acordo para elaborar uma lista completa de medidas para aquelas jurisdições que não aplicam de maneira efetiva as normas internacionais de troca de informações fiscais.

(Redação com agências internacionais - Agência IN)