Expectativa por ata do Copom reduz negócios na BM&FBovespa

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SÃO PAULO, 28 de outubro de 2009 - As taxas dos contratos de Depósito Interbancário (DI) fecharam sem direção única e volume reduzido de negócios com os investidores apoiados na expectativa para a divugação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados externos. Na BM&FBovespa o DI com vencimento em janeiro de 2011 foi o mais negociado com apenas 75 mil contratos fechados, a taxa ficou em 10,22%, ante 10,23% do ajuste anterior.

Nesta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 2,7% em outubro de 2009, ante o mês anterior, passando de 109,2 pontos para 112,2 pontos. Este foi o maior nível desde setembro de 2008.

A agenda corporativa - que havia sido o centro das atenções nas últimas semanas - está perdendo força gradativamente e, a partir de amanhã, os agentes já voltam as atenções com maior força para a agenda econômica.

Para amanhã, os agentes aguardam a divulgação da ata do Copom. Analistas acreditam que o documento deve manter o mesmo tom positivo. Ainda na agenda de quinta-feira será divulgado o resultado do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de outubro. A projeção da Gradual Investimentos aponta para a retração da aceleração da inflação de 0,42% em setembro, para apenas 0,03% em outubro.

No front externo, mais um banco central iniciou o processo de aperto monetário. Depois da Austrália, foi a vez da Noruega subir a taxa básica. O custo do dinheiro subiu de 1,25% para 1,5%, movimento já esperado pelos economistas.

Os agentes aguardam para amanhã o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Existe no mercado a expectativa que os dados avançados do PIB indiquem o fim da recessão por lá, saindo de uma queda (em termos anualizados) de -0,7% para 3,2%.

(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)