Dólar se mantém em alta seguindo cena externa
O movimento ainda reflete a forte desvalorização das ações no Brasil, como parte de um movimento internacional de aversão a risco. Os agentes aguardam o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do terceiro trimestre. Nesta manhã, os agentes monitoraram dados de inflação e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), além dos balanços locais.
A diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares comenta que os preços dos ativos financeiros domésticos vão continuar sendo influenciados preponderantemente pelo cenário externo, especialmente pelos movimentos dos investidores globais e pelos preços das commodities.
A executiva ressalta ainda que no câmbio doméstico, as cotações também vão ser impactadas pelo início da rolagem de contratos futuros de dólar, que deve adicionar volatilidade aos negócios, reforçando os efeitos positivos ou negativos do cenário externo. Dessa forma, se o PIB americano vier próximo do esperado e os mercados internacionais continuarem os leves movimentos de alta desta manhã, o dólar pode voltar a oscilar entre os R$ 1,74 e os R$ 1,76.
Porém, se as disposições globais para o risco voltarem a se intensificar depois do PIB norte-americano, o dólar pode voltar a oscilar na faixa de R$ 1,72 a R$ 1,74. Já se a aversão global ao risco ficar mais acentuada, o dólar pode passar a oscilar no intervalo de R$ 1,77 a R$ 1,80.
A ata do Copom divulgada nesta manhã reitera a postura cautelosa de política monetária. O colegiado do Banco Central (BC) considerou que a estratégia adotada pelo comitê - de manter a taxa básica de juros em 8,75%, no último dia 21 - visa manter a inflação em patamar consistente com a trajetória de metas em 2009, 2010 e 2011.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)