Apesar da volatilidade externa, Ibovespa avança 0,24%

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SÃO PAULO, 11 de janeiro de 2010 - Após abrir com forte alta, o principal índice acionário da BM&FBovespa não conseguiu sustentar seus ganhos, devido a volatilidade observada em Wall Street. Por lá, os investidores aguardam com cautela a divulgação do resultado corporativo da Alcoa, que abre a temporada de balanços nos Estados Unidos. Ao final dos negócios, o Ibovespa marcou valorização de 0,24%, aos 70.433 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 6,18 bilhões.

Na abertura dos mercados, os ganhos foram amparados por dados da China. As exportações do gigante asiático avançaram 17,7% em dezembro, enquanto era esperado alta de 5%. Já as importações subiram 55,9% no mês passado em termos anuais, ante expectativa era de 32,5%.

Porém, "o mercado está fraco lá fora e a bolsa brasileira acompanha esse movimento", afirmou Adriano Moreno, estrategista Futura Investimentos, lembrando que o Ibovespa ainda tem "muita gordura para queimar". E apesar das bolsas norte-americanas estarem titubeante, Moreno acredita que o "mercado deve reagir bem" aos balanços.

O estrategista Futura Investimentos ressalta ainda que as blue chips estão com "dificuldades de fazer novas máximas". Por mais um pregão, as ações preferenciais da Vale e da Petrobras caminharam em direções opostas. Os papéis da mineradora subiram 0,43%, cotados a R$ 45,75; enquanto que os da petrolífera caíram 0,32%, vendidos a R$ 36,83.

Dentre os destaques de alta do Índice Bovespa, ficaram as ações preferenciais da Braskem, que avançaram 9,71%, refletindo as expectativas de negociações para a aquisição da Quattor.

Por sua vez, os papéis ordinários da OGX também ficaram nas maiores valorizações do Ibovespa, com alta de 5,04%. Hoje a companhia informou ter identificado a presença de hidrocarbonetos na seção oceânica do poço 1-OGX-4-RJS, localizado no bloco BM-C-42, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação no bloco.

Também estão entre as mais valorizadas da sessão, as ações ordinárias da MMX Mineração, com alta de 3,60%. A companhia, assim como a OGX, pertence ao empresário Eike Batista.

Na ponta oposta, ficaram os papéis da Rossi Residencial (ON -2,97%), Natura (ON -2%) e Eletrobras (ON -1,55%).

(Micheli Rueda - Agência IN)