Aversão ao risco prevalece e Ibovespa recua 0,51%

Por

SÃO PAULO, 12 de janeiro de 2010 - A ponta vendedora não cedeu terreno hoje na bolsa brasileira, que acompanhou o mau humor de Wall Street. A notícia de que a China voltou a elevar o juro no mercado interbancário e o resultado menor do que o esperado da Alcoa nos Estados Unidos estimularam a aversão ao risco nesta terça-feira. Ao final dos negócios, o Ibovespa encerrou com baixa de 0,51%, aos 70.075 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 6,30 bilhões.

"O balanço da Alcoa pesou logo na abertura e o mercado amarelou", afirmou Pedro Galdi, analista de investimento SLW Corretora. A produtora norte-americana de alumínio registrou prejuízo líquido de US$ 277 milhões (US$ 0,28 por ação) no quarto trimestre de 2009, ante perda de US$ 1,191 bilhão (US$ 1,49 por ação) no mesmo período de 2008, decepcionando os investidores.

Por sua vez, o Banco Central chinês anunciou que vai elevar o compulsório bancário em iuane em 0,5 ponto porcentual, na tentativa de conter a oferta de crédito e a inflação. A medida deverá entrar em vigor na próxima segunda-feira (18). Os agentes financeiros não viram com bons olhos a decisão.

"A medida soou como alerta de que o gigante asiático poderá conter o consumo de commodities", disse Galdi. Diante disso, as empresas ligadas a matérias-primas amargaram perdas na sessão, puxando o Índice Bovespa.

As ações preferenciais da Petrobras recuaram 1,27%, cotadas R$ 36,36; enquanto que os papéis ordinárias da Usiminas e Gerdau caíram 2,99% e 0,85%, respectivamente. Na contramão, os papéis preferenciais da Vale fecharam com discreto avanço de 0,21%, vendidas a R$ 45,85.

Dentre os destaques de alta do Ibovespa ficaram as ações da Duratex (ON +4,38%), da PDG Realty (ON +4,07%) e do Pão do Açúcar (PN +3,37%). Na ponta oposta, ficaram os papéis da Fibria (ON -3,58%), da TAM (PN -2,97%) e JBS (PN -2,65%).

(Micheli Rueda - Agência IN)