Crise modifica postura dos inadimplentes, diz Telecheque
Segundo a pesquisa, as classes mais afetadas pela inadimplência foram as que possuem renda acima de R$ 2 mil (A, B e C) -, que contabilizaram 52,71% dos entrevistados em 2009 - um crescimento de 22,3% em relação ao ano de 2008.
"Esses foram os consumidores que mais faziam uso das linhas de crédito oferecidas pelo mercado financeiro em geral. Com a crise, sentiram a redução dos prazos, renda e o aumento da taxa de juros, não conseguindo assim cumprir as obrigações assumidas", explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque. "Se avaliarmos com mais detalhe o público com salário acima de R$ 3 mil (classes A e B), este crescimento salta para 71% em relação a 2008".
De acordo com o levantamento, a maioria dos inadimplentes são casados (47,36%), com idade entre 31 a 40 anos (31,04%) e mulheres (55,27%). "Para complementar o perfil mais impactado pela inadimplência em 2009, destaco os consumidores que estão cursando ou concluíram a graduação. A participação deste público pulou de 26,32% para 33,91%, um crescimento de 28,8%", finaliza.
No contexto geral tivemos um resultado muito melhor do que o previsto no início do ano, já que a inadimplência no ano de 2009 ficou em 2,63% contra 3,65% de 2008, uma queda de 27,9%. "Vale ressaltar que nossa análise é feita sobre valores em reais operados com cheques, com inadimplência a partir de 15 dias de atraso", conclui o vice-presidente.
Para completar, os ramos mais afetados pela inadimplência em 2009 foram: Vestuário (13,92%), Supermercados (10,37%), Telecomunicações e Eletricidade (9,71%) e Magazines e Lojas de Departamento (7,86%). Ao longo do ano a TeleCheque entrevistou 7.340 pessoas, distribuídas em mais de 800 municípios do país.
(Redação - Agência IN)