Cielo: lucro 77% maior no 4º trimestre
Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - A Cielo, uma das maiores empresas de credenciamento de lojistas para cartões de crédito e de débito, anunciou lucro líquido de R$ 442 milhões no quarto trimestre de 2009, alta de 77,5% em relação ao lucro de R$ 249 milhões em igual período de 2008.
A empresa, que está negociando para poder operar com várias bandeiras de cartões de crédito a partir de julho, quando termina o acordo de exclusividade da companhia com a Visa, teve receita líquida de R$ 1,02 bilhão de outubro a dezembro. Uma alta de 22,5% ante os R$ 838,2 milhões nos mesmos três meses de 2008.
A geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 700,6 milhões nos três meses até dezembro, avanço de 61,1% na comparação anual.
Segundo o presidente da Cielo (ex-VisaNet) Rômulo de Mello Dias, o volume financeiro das transações tende a avançar ainda mais que em 2009, período em que os pagamentos capturados pela Cielo cresceram 21,9%, mesmo com a economia estagnada. Ele leva em consideração a expectativa de crescimento de até 6% do PIB brasileiro e de cerca de 20% das operações de crédito em 2010, além das mudanças no sistema de operação.
Estamos tomando as medidas necessárias para trabalhar com todas bandeiras a partir de 1o de julho disse Dias.
Atualmente, a Cielo, maior do setor no país, divide com a Redecard, que credencia a bandeira MasterCard, mais de 90% do mercado de credenciamento de lojistas para cartões de crédito e de débito. Recentemente, o Santander anunciou a entrada no mercado, por meio da GetNet.
E, mesmo com as mudanças que estão sendo preparadas por órgãos reguladores para ampliar a concorrência no setor, Dias considera que, por enquanto, não deve haver pressão dos lojistas por taxas menores pelo uso dos terminais (POS), já que os meios eletrônicos levam vantagem em relação a outras modalidades de pagamento, como cheques, que têm maior nível de inadimplência.
Dias previu ainda que as antecipações de recebíveis, produto lançado em setembro de 2008 e que no final do ano passado respondeu por 5,3% da receita da Cielo, continuará crescendo nos próximos trimestres.
Sem dar detalhes, o executivo também adiantou que espera novos ganhos com redução de custos.
Com agências