Melhora das bolsas favorece queda do dólar
Segundo a Gradual Investimentos, a Grécia voltou ao foco nestes dias e especialistas já chegam a afirmar que a demora dos líderes europeus em resolver o imbróglio grego tornou o problema caro demais para ser resolvido. "A questão é muito complexa, pois envolve uma série muito maior de países do que apenas a península grega e problemas estruturais da criação da zona do euro. Diferentemente do Federal Reserve, o BCE tem poucos poderes efetivos, uma vez que o pacote de ajuda à Grécia e aos outros países fragilizados passa não pela política monetária, mas sim por uma decisão de Política Fiscal. Por isso, França e Alemanha terão que decidir se vão usar os impostos de seus contribuintes para bancar a moeda única", observa em relatório.
Porém, a expectativa de que é iminente o anúncio de pacote de ajuda financeira à Grécia por parte da União Europeia ou mesmo do Fundo Monetário Internacional (FMI) garantiu o bom humor das bolsas mundiais. Neste sentido, circularam rumores de um acordo da zona do euro para conceder empréstimo à Grécia, embora a agência de rating Fitch tenha reduzido a nota de crédito do país em dois graus e colocado a Grécia em perspectiva negativa. Neste cenário, o dólar fechou em queda de 0,22% sobre o real, vendido a R$ 1,774.
Além do ambiente externo, fatores domésticos contribuíram com a menor pressão sobre o câmbio. O gerente financeiro da Hencorp Commcor, Rodrigo Bautista, destaca o fluxo de recursos que segue firme em direção à economia brasileira. Em apenas três dias úteis, ingressou mais de R$ 1 bilhão na BM&FBovespa. E como de costume, o BC comprou dólares no mercado à vista.
(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)