Cenário externo e Petrobras contribuem para elevação do dólar

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SÃO PAULO, 23 de junho de 2010 - A moeda norte-americana segue sinalizando alta. Há pouco, era cotada a R$1,804 para compra e R$1,806 para venda, com valorização de 1,57%. A melhora de humor no mercado externo perde sustentação e abre espaço para mais compras de dólares no mercado local, avalia José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora. "A fonte das preocupações continua sendo o mercado europeu", completa

Ainda segundo Carreira, o adiamento da oferta de ações da Petrobras, de julho para setembro, deve sustentar a trajetória de alta do dólar, já que reduz as perspectivas de entrada de fluxo estrangeiro no Brasil no curto prazo.

No front externo, as atenções do mercado recaem sobre a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que anuncia sua decisão de política monetária por volta das 15h15.

Atualmente, a taxa básica de juros norte-americanos está situada numa faixa de 0% a 0,25% ao ano. Embora o mercado espere a manutenção dos juros neste patamar, o comunicado que traz a avaliação do colegiado sobre atividade econômica e inflação está no foco do dia.

Nos EUA, foi divulgado que as vendas de imóveis novos recuaram 32,7% em maio deste ano, ante abril. De acordo com o levantamento, o número de novas residências comercializadas no período atingiu taxa anualizada de 300 mil unidades, ante 446 mil moradias (dado revisado) em abril. Se comparado ao mesmo mês do ano anterior, quando a média ficou em 367 mil casas vendidas, o indicador teve retração de 18,3%.

(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)