EUA e China terão discussões à parte na reunião do G20
InvestNews
SÃO PAULO - As discussões do G20 (grupo das maiores economias do mundo), em Toronto, no Canadá, ganharão um capítulo à parte envolvendo os Estados Unidos e a China. Neste caso, de acordo com negociadores brasileiros, o Brasil acompanhará os debates como espectador.
O presidente norte-americano, Barack Obama, reclama que o governo chinês mantém o iuane (moeda chinesa) artificialmente desvalorizado, beneficiando as indústrias chinesas em detrimento das demais. Segundo Obama, as taxas de câmbio determinadas pelo mercado são essenciais para o equilíbrio da economia global. De acordo com o norte-americano, os sinais que taxas de câmbio flexíveis enviam são necessários para garantir a solidez da enconomia mundial.
No último sábado (19), a China anunciou a flexibilização da taxa de câmbio do iuane, mantida fixa há dois anos em relação ao dólar norte-americano. Mas o Banco Central da China descartou desvalorizações da moeda chinesa e informou que a manterá "estável".
A iniciativa ocorreu uma semana antes do inícios das reuniões do G20, em Toronto. Para analistas internacionais, a medida reduziu a possibilidade de conflito comercial entre a China e os Estados Unidos.
Outra discussão que também deverá causar tensões é a proposta, defendida por Obama, de taxar os bancos. A ideia é rejeitada por vários países, inclusive o Brasil e outros de economia emergente. As informações são da Agência Brasil.