Dólar gravita em R$ 1,76 e deve continuar em queda
Segundo analistas, a tendência é de que as cotações continuem em queda. "Com as tensões internacionais se aliviando aos poucos, não há como segurar as taxas em um cenário de expectativa de novo aumento da taxa Selic em setembro", comenta um profissional. Segundo ele, o Brasil atrai recursos não só para arbitragem nos juros, mas também investimentos diretos devido às perspectivas de crescimento. No último boletim Focus, os analistas mantiveram a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na ordem de 7,20% em 2010.
Neste ambiente de fluxo extremamente positivo, o banco Panamericano captou ontem US$ 300 milhões. A expectativa no mercado continua sendo de forte entrada de recursos.
Hoje o movimento no mercado de câmbio também pode ser influenciado pela rolagem de posições no mercado futuro de dólar. Os contratos de agosto vencem na próxima segunda-feira e a Ptax (taxa calculada pelo BC que serve de referência para os contratos futuros - será fechada amanhã).
As atenções também estão voltadas para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) no qual os investidores avaliam para definir os próximos passos do BC. Segundo o documento o BC avaliou que os riscos para um cenário inflacionário se reduziram o que justificou a decisão de abrandar o ritmo de aperto do juro básico na última reunião do Copom.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)