Vale e EUA inspiram cautela e Europa, otimismo

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S O PAULO, 29 de julho de 2010 - À espera pela divulgação do balanço da Vale, previsto para hoje, e dos dados sobre o PIB norte-americano, esperados para amanhã, as bolsas brasileira e norte-americanas tendem a registrar volatilidade. Entretanto, expectativas positivas em relação à Vale poderão favorecer o movimento comprador.

Internamente, os agentes acompanham ainda a ata do Copom. Segundo o documento, o aumento de 0,5 ponto percentual, elevando a taxa Selic para 10,75% ao ano, se deu pela concretização de um cenário inflacionário benigno, o lento processo de recuperação em que se encontram as economias do G3 e influência do cenário internacional.

Contribuem ainda para um cenário otimista a divulgação de indicadores bons na Europa. Por lá, foi revelado que a taxa de desemprego na Alemanha recuou para 7,6% no mês de junho deste ano, frente aos 7,7% do mês anterior.

No mesmo sentido, a confiança no setor industrial da zona do euro registrou acréscimo em julho, ao passar de -6 pontos, para -4 pontos. No setor de serviços, o indicador avançou para 6 pontos, contra 4 pontos um mês antes. Por sua vez, a confiança do consumidor marcou -14 pontos neste mês, contra -17 pontos em junho.

Já no âmbito corporativo, o banco espanhol Santander reportou lucro líquido de ? 2,230 bilhões no segundo trimestre deste ano, com queda de 8% em comparação ao mesmo trimestre de 2009. No primeiro semestre os ganhos foram de ? 4,445 bilhões, ante ? 4,519 bilhões registrados em igual época do ano passado, apresentando decréscimo de 1,6%.

E os principais índices acionários da região registram ganhos. Instantes atrás, o índice FTSE-100, de Londres, crescia 0,79%, aos 5,361 pontos. O CAC-40, de Paris, tinha ganho de 0,59%, aos 3.691 pontos e o DAX, de Frankfurt, subia 0,64% aos 6.218 pontos.

Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam com tendência de baixa nesta quinta-feira, influenciadas pela queda do dólar, que refletiu as perspectivas ruins em relação à recuperação da economia dos Estados Unidos, revelados ontem. Dados como a encomenda de bens duráveis e uma avaliação negativa por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em relação à situação econômica norte-americana, apenas confirmaram a insegurança presente no mercado, contribuindo para a queda dos negócios, após a região ter registrado, no dia de ontem, os maiores ganhos diários dos últimos três meses.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 caiu 0,59%, para 9.696,02 pontos, enquanto em Seul, o índice Kospi caiu 0,15% para 1.770,88 pontos. Já em Xangai, o índice Xangai Composto avançou 0,55% para 2.648,12 pontos, e em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,01% para 21.093,82 pontos.

(Carina Urbanin - Agência IN)