Economia global preocupa investidores mundiais e bolsas caem
As principais bolsas de valores mundiais recuam diante do adiamento da decisão sobre novo auxilio à Grécia e com a expectativa ao redor do abismo fiscal dos Estados Unidos. Por aqui, a bolsa brasileira, minutos atrás, apresentava queda em linha com o cenário externo.
Na Ásia, as principais bolsas fecharam em queda, com expressivo recuo nas bolsas chinesas. Com isso, a bolsa de Tóquio encerrou a sessão desta terça-feira em baixa, na sétima jornada consecutiva de queda. O índice Nikkei perdeu 0,18%, aos 8.661,05 pontos.
Enquanto isso, os índices de ações na Europa operam em queda diante de dados desanimadores da agenda local. Há pouco, o CAC-40, de Paris, registrava perdas de 0,68%, aos 3.388 pontos. E o DAX, de Frankfurt, desvalorizava 1,13%, aos 7.087 pontos. E o índice FTSE-100, de Londres, apresentava baixa de 0,70% aos 5.727 pontos.
Entre as notícias do Velho Continente, a Grécia captou nesta terça-feira, 13, € 4,062 bilhões em títulos a um e três meses, com taxas de 3,95% e 4,2%, respectivamente, em leve baixa para os vencimentos a três meses, o que lhe permitirá reembolsar na sexta-feira 5 bilhões aos seus credores, anunciou a agência de gestão da dívida pública (PDMA). Esta emissão excepcional ocorre num momento em que o país espera que seja retomada a transferência de fundos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) que lhe permitam se financiar, embora seja preciso aguardar ao menos até dia 20 de novembro. Já no front econômico, foi divulgado que o índice ZEW sobre as expectativas de evolução da conjuntura alemã atingiu os -15,7 pontos em novembro, contra os -11,5 pontos registrados em outubro, segundo revelou hoje, 13, o Instituto de pesquisas Zentrum für Europaische Wirtschaftsforschung (Zew), que mede a confiança na economia alemã entre os analistas financeiros e investidores institucionais.
Por outro lado, em outubro, o Índice dos Preços ao Consumidor (IPC) de Reino Unido apontou uma alta de 2,7% anual , segundo dados divulgados hoje, 13, pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Já a inflação mensal registrou avanços de 0,5% em outubro de 2012. De acordo com o ONS, as maiores pressões sobre a mudança na taxa do IPC veio do setor de educação.
Causando preocupação entre os investidores, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Eurogrupo diferem sobre o calendário em que a dívida grega será sustentável, ou seja, alcançar 120% de seu PIB, segundo evidenciaram na segunda-feira durante uma coletiva de imprensa, no final de uma reunião de ministros da zona do euro.
Em Wall Street, o clima não é diferente e bolsas caem. Minutos atrás, o índice Dow Jones perdia 0,24% aos 12.784 pontos; o S&P 500 tinha desvalorização de 0,36% a 1.375 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq tinha queda de 0,58% aos 2.887 pontos.
Por aqui, o Ibovespa, opera em linha com o cenário externo. Há pouco, o índice, desvalorizava 0,59%.
Abrindo a agenda de indicadores econômicos, em setembro de 2012, o comércio varejista do país apresentou variação positiva de 0,3% para o volume de vendas e 1,0% para a receita nominal de vendas, taxas estas em relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No front corporativo, a receita bruta consolidada do Magazine Luiza no terceiro trimestre de 2012 foi de R$ 2,2 bilhões, crescendo 15,2% em relação ao 3T11. O crescimento no conceito mesmas lojas foi de 9,6%, acima da média de mercado, o que representou ganhos de market-share. Vale lembrar que este crescimento foi obtido sobre uma base de comparação elevada (3T11) e durante a integração de sistemas das lojas do Nordeste. As vendas pela internet cresceram 25,5%, totalizando R$ 269 milhões no 3T12.
Na renda fixa, os juros futuros operam em alta. Instantes atrás, o contrato de depósito interfinanceiro, com vencimento em janeiro de 2017, o mais negociado, apresentava taxa anual de 8,68%.
No mesmo sentido, o dólar opera com alta de 0,58% vendido a R$ 2,064.