Dólar sobe negociado a R$ 2,085 na venda

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O dólar comercial opera com alta de 0,63% nas primeiras ofertas do dia. A moeda norte-americana era cotada a R$ 2,083 na compra e R$ 2,085 na venda.

De acordo com relatório diário da Lerosa Investimentos, após nova sessão de alta, o câmbio não da trégua e fecha no maior patamar de cinco meses, ainda sem atuação do Banco Central (BC). A valorização da treasury de 10 anos (juros americanos) com o bom indicador de confiança do consumidor e preços de casas trouxe atratividade para o dólar perante as principais moedas. Para hoje, o movimento é inverso. O euro se recupera frente ao dólar, mas o potencial de retorno do real é limitado. Estruturalmente é complicado para o real voltar a se valorizar com possível menor fluxo com o fim do programa de recompra de títulos americanos. Quando isso acontecer, o BC terá que baixar o IOF sobre aplicações financeiras ou tirar o limite de posição vendida pelos bancos, trocando investimento de longo prazo por de curto prazo. Enquanto isso não ocorre, fica desconfortável fazer aposta no sentido de valorização do real. Movimentos com esse sentido são pontuais e de pequena intensidade.

Hoje a OCDE reduziu as projeções de crescimento para as principais potências, com exceção do Japão, e advertiu para o risco de paralisia da Europa. A Organização prevê agora que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve crescer 3,1% este ano, contra 3,4% da estimativa divulgada em novembro. E a recessão da Eurozona será de 0,6%, ao invés de 0,1%.    

Contribuindo para o desempenho negativo das bolsas da região, a Agência de Emprego da Alemanha informou que o número de desempregados no País registrou uma leve alta, inesperada, de 21.000 pessoas em maio na comparação com o mês anterior, provocada em grande parte pelos feriados e pelo frio, segundo os analistas.    

Nos Estados Unidos (EUA), a OCDE revelou que o saneamento do setor financeiro e o retorno da confiança dos mercados permitirão este ano um crescimento de 1,9% (contra a previsão de 2,0% em novembro), antes de um avanço de 2,8% em 2014. A leve revisão em baixa da estimativa de 2013 foi provocada principalmente pelos cortes orçamentários automáticos em vigor este ano, depois que o governo democrata de Barack Obama e a oposição republicana não conseguiram chegar a um acordo sobre a redução do déficit público.    

Aqui no Brasil, hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informará como ficará a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 7,50% ao ano e a expectativa de instituições financeiras consultadas pelo BC é que a taxa suba para 7,75% ao ano.    

E abrindo a agenda de indicadores internos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional apresentou variação positiva de 0,6% no primeiro trimestre de 2013 na comparação com o quarto trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária, com avanço de 9,7%. Os serviços cresceram 0,5%, ao passo que a indústria caiu 0,3%.    

Além disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), um dos índices utilizados para reajustar os contratos de aluguel, não registrou variação em maio.