Repercutindo veto de Dilma e Fomc, Bovespa fecha em forte alta nesta quinta

Dólar tem dia praticamente estável e fecha cotado novamente em R$ 3,05

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A Bolsa de Valores de são Paulo (Bovespa) teve forte alta nesta quinta-feira (18), de 1,86%, com 54.238 pontos repercutindo veto de Dilma Rousseff às mudanças no fator previdenciário e a decisão do Comitê de política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Banco Central americano, que decidiu não elevar as taxas de juros básicos no país, em reunião terminada ontem. Petrobras e Vale tiveram altas, com destaque para os papéis da mineradora, que recuperaram parte das perdas nos últimos pregões com altas de mais de 3%. 

Já o dólar fechou praticamente estável, cotado a R$ 3,0588 na venda e variação positiva de 0,03%. O pregão da moeda americana refletiu também a decisão do Banco Central americano. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de U$1,1 bilhão.

Ainda no cenário externo, a bolsas de Nova York tiveram alta após novos dados mostrarem que a economia dos Estados Unidos vem se recuperando, mesmo que lentamente. Já as notícias da Grécia permanecem sem avanços. A reunião em Bruxelas com líderes da zona do euro não trouxe progressos, mas novo encontro foi marcado para a próxima segunda-feira (22). 

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No cenário interno, o veto de Dilma Rousseff às mudanças no fator previdenciário animaram o mercado. O governo espera que a Medida Provisória 676, editada hoje com as novas regras para cálculo da aposentadoria seja aprovada sem resistência, pelo Congresso Nacional. Além disso, a expectativa é de que a estratégia de manter parte da proposta que foi aprovada pelos parlamentares evite a derrubada do veto feito pela presidente.

Vale dispara com relatório da JP Morgan, Petrobras sai da estabilidade e Tim lidera altas

No mercado financeiro, destaque para os papéis da Vale, que dispararam mais de 3% no pregão, absorvendo parte dos prejuízos nos últimos pregões. Os papéis ordinários (VALE3) da mineradora registraram alta de 4,78% enquanto os preferenciais (VALE5) tiveram valorização de 3,20%. Um relatório do JP Morgan apontou cenário positivo para as mineradoras europeias o que repercutiu também na cotação da companhia brasileira, além de uma leve alta na cotação do minério de ferro. 

Os papéis da Petrobras também tiveram alta, saindo da estabilidade registrada nos últimos pregões. Com alta na cotação do petróleo e informações sobre uma ampla reestruturação que a companhia pode estar dando início e que faria parte do novo plano de negócios da empresa, as ações ordinárias (PETR3) subiram 2,14% enquanto as preferenciais (PETR4) subiram 1,90%. 

Outros destaques ficaram com os papéis da Tim (TIMP3), que subiram 5,72%. Após notícias de que a francesa Vivendi estaria aumentando sua participação na Telecom Itália, controladora da Tim, hoje saíram notícias de que a empresa francesa também apoiaria uma venda da companhia de telefonia brasileira. As informações foram posteriormente negadas pela própria Tim, que disse através de fato relevante publicado hoje que a Telecom Italia considera operadora brasileira um ativo estratégico.