Levy: desafio da gestão pública é racionalizar gasto e limitar tributos

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira (7) que o grande desafio da gestão pública é a racionalizar os gastos do governo e limitar a carga tributária. "Se, por um lado, a capacidade de tributação tem limites, por outro, há expectativas - concretas e legítimas - de provisão e melhora de serviços públicos”.

Ao participar do 5º Congresso de Informação de Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, na Escola Superior de Administração Fazendária (Esaf) em Brasília, Levy enfatizou que, se existe uma demanda crescente por serviços públicos, é importante observar que o governo tem limites orçamentários.

Para o ministro da Fazenda, a capacidade de se extrair recursos da sociedade é limitada, uma vez que há um ponto em que a incidência de impostos pode prejudicar a atividade econômica. Observou, porém, que há outro ângulo da questão, que é existência, na sociedade, de demanda crescente por serviços. “Como podemos conciliar, diante das restrições? A chave está na racionalização dos gastos e na priorização de projetos", afirmou.

O ministro lembrou que, no Brasil, as aposentadorias preenchem 40% dos gastos públicos do governo federal. Outra despesa significativa, segundo ele, se refere à área de saúde. Citou também, como relevantes, as despesas com programas assistenciais de transferência de renda, serviços essenciais para o setor produtivo e educação. “Esses são os grandes itens do gasto público”, disse.

Segundo Levy, é importante que o governo esteja sempre atento para identificar como “está gastando e em quê está gastando”. De acordo com o ministro da Fazenda, essa responsabilidade do governo visa a garantir que “cada real e cada centavo posto na mão da administração pública pela própria sociedade tenha o melhor destino e o melhor resultado”.

O ministro defendeu ainda a desindexação da economia. Para ele, mesmo com a estabilidade da moeda, o país ainda tem o hábito de ficar “revivendo o passado”, atrelando preços a algum tipo de índice. “Isso torna a política monetária mais difícil de ser conduzida, mais onerosa”, acrescentou Levy.

Informações da Agência Brasil