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Ibovespa afunda quase 3% com prisões da Lava Jato
Dólar bate R$ 3,80, mas fecha cotado a R$ 3,7506
O Ibovespa reverteu a tendência de seis pregões consecutivos em alta e afundou nesta quarta-feira (25), após novas prisões da operação Lava Jato. Foram detidos o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-tucano, e o banqueiro André Esteves, do BG Pactual. A notícia agrava a crise política do Planalto, já que Amaral era líder do governo no Senado e este foi o primeiro caso de prisão de um parlamentar em exercício. No fechamento, o índice caía 2,94%, a 46.866 pontos.
Além das tensões políticas, nesta tarde o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá qual será a taxa de juros do Brasil nos próximos 45 dias. Se as projeções do mercado se confirmarem, o indicador continuará em 14,25% ao ano. O mercado está de olho, porém, nas sinalizações da autoridade sobre o futuro. A expectativa é que os juros DI sejam pressionados, caso a reunião tenha tom mais agressivo, apontando para a possibilidade de elevações da taxa em breve.
Nos destaques das ações, a Petrobras teve quedas significativas tanto por questões políticas como por rumores sobre o reajuste de combustíveis. Analistas dizem que a ideia não tem aval da equipe econômica do governo porque um aumento teria impacto na inflação - que em 2015 deve chegar a 10,33%, segundo a última projeção do relatório Focus. No encerramento, os papeis ordinários (PETR3) da estatal caíam 7,56%, a R$ 9,66, enquanto os preferenciais (PETR4) recuavam 7,06%, a R$ 7,90.
Também ficaram no lado negativo da tabela as ações da Vale (VALE3, R$ 14,06, -2,83%; VALE5, R$ 11,70, -2,74%) e os bancos Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,91, -4,91%), Bradesco (BBDC3, R$ 24,80, -4,25%, BBDC4, R$ 21,89, -4,87%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,40, -6,45%).