Taxas futuras de juros ignoram piora do dólar e encerram com ligeira alta

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Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 2, com leve viés de alta, depois de avançarem mais fortemente no primeiro turno dos negócios. As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) acompanharam o movimento do dólar, que desacelerou pontualmente a firme alta do período da manhã assim que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulgou comunicado e sua decisão de política monetária.

O tom gradualista do Fed reverteu as apostas de um banco central americano mais "hawkish" (mais rígido) diante de discussões sobre a inflação ao consumidor mais alta do que previa-se há alguns meses. Apesar disso, cerca de uma hora depois da divulgação, o dólar voltou a se fortalecer ante algumas moedas, como o real, por conta de leituras múltiplas sobre a comunicação do BC americano. Segundo apostas de investidores compiladas pelo CME Group, aumentaram as chances de uma quarta alta de juros neste ano.

Apesar de o Ibovespa ter renovado a mínima pouco antes do fechamento deste texto e o dólar ter voltado a superar os R$ 3,55, os juros encerraram a sessão regular por volta das 16h40 com mero viés de alta. Ficaram longe, portanto, das máximas do dia.

O DI para janeiro de 2019 encerrou a sessão regular desta quarta-feira a 6,25% ante 6,224% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2020 ficou em 6,99% ante 6,961% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 ficou em 8,00% ante 7,98% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 encerrou a 9,20% ante 9,162% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 ficou em 9,73% ante 9,692% no ajuste anterior.

Às 16h44, o Ibovespa caía 1,85% aos 84.521,43 pontos. O dólar à vista subia 1,37% aos R$ 3,5523.