Juros futuros fecham em alta, pressionados pela piora do câmbio

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Os juros futuros confirmaram no encerramento da sessão regular desta quarta-feira, 27, o movimento de alta que conduziu as taxas desde a abertura dos negócios. A oscilação esteve mais reduzida na última hora, com boa parte dos profissionais acompanhando o jogo entre Brasil e Sérvia, na Copa da Rússia, mas ainda assim as taxas aceleraram levemente o avanço, acompanhando a ampliação dos ganhos do dólar, mas sem retornar às máximas. Além da piora no câmbio, a Bolsa também renovou mínimas, em linha com a deterioração do clima externo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,970%, de 6,929% ontem no ajuste, e o DI para janeiro de 2020 terminou com taxa de 8,55%, de 8,41% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 9,39% para 9,55% e a do DI para janeiro de 2023, de 10,91% para 11,02%.

Por volta das 16h20, o dólar batia a máxima de R$ 3,8755 (+2,04%), refletindo o fortalecimento da moeda no exterior, com o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, também renovando máximas. A aversão ao risco cresceu depois que a Câmara dos Representantes nos Estados Unidos rejeitou nesta tarde, por 301 votos a 121, um amplo projeto de reforma imigratória elaborado por deputados republicanos centristas. Além disso, pesa sobre os negócios a afirmação do diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem planos de suavizar a posição americana sobre as relações comerciais com a China.

O dólar também renovou máximas em relação ao dólar canadense nesta tarde, após um discurso do presidente do Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês), Stephen Poloz, que afirmou que as tarifas americanas sobre aço e alumínio importados pelos Estados Unidos seriam consideradas na próxima reunião de política monetária do banco central, em julho.