Dilma sobre pesquisa: "é normal que haja subidas e descidas"
BRASÍLIA - Após a pesquisa Datafolha desta terça feira (28) registrar a possibilidade de segundo turno na corrida presidencial, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, fez uma apelo a sua militância para que ela saia às ruas em busca de conquistar voto a voto. O levantamento do Datafolha registrou crescimento da candidata do PV Marina Silva, que atinge 14% das intenções de voto. Dilma tem 46% e seu principal adversário, José Serra (PSDB), aparece com 28%. "Estamos em um momento da eleição em que é normal que haja subidas e descidas. Temos de aguardar daqui para frente, e o que eu queria nesse momento é fazer um apelo para minha militância: não esmorecer, ir para as ruas, disputar voto a voto", afirmou a presidenciável, após visitar a rodoviária de Brasília. Adotando um estilo "Dilminha paz e amor", a ex-ministra da Casa Civil disse ser necessário nessa reta final ter serenidade para continuar a campanha e evitar brigas com adversários políticos. "Temos que continuar tendo uma atitude serena em todo esse processo eleitoral, temos que manter o nível, não brigar, não ter baixaria, manter a serenidade", salientou, observando que também é necessário, em sua avaliação, manter a determinação na corrida presidencial e valorizar o País. A ex-ministra evitou comentar qual candidato preferira enfrentar num eventual segundo turno e disse que não vê entre seus aliados de campanha uma postura de "já ganhou". "Ninguém hoje tem como antecipar nada. Não existe isso, ninguém se precipitou em nada", disse sobre seus aliados. "Você pode falar o seguinte: eu quero ganhar no primeiro turno, agora a regra é assim: para saber isso, só fazendo eleição. Ninguém sabe isso de antes, nem com pesquisa. É por isso que não pode subir no salto alto. É por isso que não pode chegar e achar que já ganhou", declarou. Dilma Rousseff afirmou ainda considerar "normal" o crescimento de Marina Silva, conforme a pesquisa Datafolha. "Bem, para achar tudo normal, não acho que a gente está em uma situação que dá para dizer o que vai acontecer no 3 de outubro", disse a candidata petista, defendendo a importância de debates na televisão nessa reta final na corrida pelo Palácio do Planalto.