Distintivo do Avaí em propaganda de vice-prefeito gera polêmica em Santa Catarina

A divulgação de uma carta com propaganda política do vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes, candidato a deputado estadual pelo PR, gerou muita controvérsia nesta terça-feira (28). O panfleto traz o distintivo do time de futebol Avaí e uma foto do presidente do clube, o médico João Nilson Zunino.

Na carta, endereçada a "todos os avaianos", o candidato explica suas ações para viabilizar as obras de duplicação de rodovia "Transavaiana", único acesso ao estádio da Ressacada e aeroporto internacional Hercílio Luz. O vice-prefeito também alega ter sido o responsável pelo patrocínio de R$ 7 milhões da Eletrosul, órgão do Governo Federal, às duas equipes da cidade: Avaí e Figueirense.

O uso gerou uma enxurrada de críticas de torcedores avaianos pelo twitter. Na tarde desta terça-feira, o Avaí divulgou uma nota oficial condenando o uso de sua imagem em propaganda política do vice-prefeito. A direção disse que irá tomar medidas cabíveis para evitar que fatos se repitam.

"O Avaí Futebol Clube vem a público informar que não autorizou e não autoriza a utilização do escudo oficial ou foto do presidente para a veiculação de campanha eleitoral", afirma a direção na nota. "Informa, ainda, que o clube, na forma de seu estatuto, não tem qualquer vinculação político-partidária e tomará providências para coibir o mau uso de seus símbolos ou vinculação equivocada de seu nome".

João Batista disse que a carta se trata de um manifesto de "gratidão" de um torcedor do Avaí sobre sua candidatura, mas reconhece que foi ele quem pagou a confecção de 8500 exemplares do material gráfico. "É um pedido de apoio de um torcedor. Sou obrigado pela legislação a pagar este material, pois ele consta minha imagem e meu número de candidato", disse, alegando não haver ilegalidade do panfleto. "Sou amigo pessoal do João Zunino e jamais faria algo para prejudicar o Avaí".

O vice-prefeito atacou opositores que, segundo ele, nunca teriam feito nada pelo clube catarinense. "É dor de cotovelo de quem teve chance e nunca ajudou o Avaí", afirmou. "Era o só o que me faltava. Fui o idealizador da idéia (sic) para tentar o patrocínio e não posso pedir humildemente votos para os torcedores avaianos?".