Pedido de vista: Gilmar Mendes nega interesses políticos
Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (30) que seu pedido de vista, que paralisou o julgamento em que o STF analisava a necessidade de dupla documentação para que o eleitor possa votar no pleito de outubro, negou que se conduza seu trabalho "por interesses político-partidários". O magistrado defendeu o direito de interromper o julgamento, independentemente do placar em que se encontre um processo, para que cada ministro possa avaliar melhor os casos em análise e definir suas convicções.
"Jamais me deixei pautar por interesses político-partidários. Estive no TSE Tribunal Superior Eleitoral um longo período e fixei uma orientação para que tivesse um critério na aplicação do difícil direito eleitoral, muito propenso aos 'ismos" de toda índole, inclusive aos casuísmos", disse Mendes no início da sessão plenária.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo aponta que Mendes e Serra se falaram por telefone por volta das 14h desta quarta, antes da sessão plenária do STF. Na mesma tarde, apesar de sete dos atuais dez ministros já terem votado para derrubar a exigência de dois documentos para que o eleitor possa votar, Gilmar Mendes pediu vista dos autos, paralisando a análise do caso. Mendes e Serra negam o telefonema.